quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Smartphones aumentam nota de alunos de baixa renda nos Estados Unidos


Enquanto uma pesquisa divulgada no dia 17 de outubro pela consultoria Strategy Analytics diz que no mundo já existem mais de 1 bilhão de usuário de smartphones, dentro de sala de aula, eles nem sempre são bem-vindos. Se, por um lado, cada celular esconde um universo de distrações, como videogames, redes sociais e programas de mensagem instantânea, por outro, estudos têm mostrado que as tecnologias móveis são capazes de ajudar os alunos a terem melhores experiências de aprendizado e, consequentemente, terem melhores resultados nas provas. É o que mostram os resultados do K-Nect, que levou smartphones a alunos de baixa renda de várias escolas na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. 

O projeto foi criado em 2008 para ajudar alunos do 9o ano em situação de risco social, que não tinham internet em casa, a desenvolverem as chamadas habilidades do século 21, além de diminuírem o déficit que apresentavam em matemáticas. Com o apoio da Qualcomm, o Project K-Nect forneceu smartphones com acesso liberado à internet e conteúdo personalizado e alinhado aos planos de aula dos professores. Os jovens, então, passaram a conseguir interagir com os colegas com mais facilidade, a fazerem exercícios com feedback instantâneo, a buscar informações a qualquer hora do dia. Em um ano, os alunos que participaram do projeto viram suas notas crescerem em 30%. 

“Nem todo mundo tem televisão, computador ou mesmo eletricidade em casa, mas estamos nos aproximando do ponto em que todo mundo poderá ter acesso a internet”, disse Peggy Johnson, vice-presidente da Qualcomm Incorporated e presidente de desenvolvimento de marketing global, ao Mashable. “A cobertura da internet sem fio já alcançou os quatro cantos do mundo.” Para ela, a tecnologia sem fio pode ajudar a melhorar a educação nos Estados Unidos e no mundo. 

De acordo com os responsáveis pelo projeto, uma das grandes vantagens do smartphone é seu tamanho. Com a mobilidade, os dispositivos podem ser levados de forma fácil – e mais barata que a partir de outros recursos – para lugares que sofrem com a falta de infraestrutura. Existe a possibilidade, inclusive, de a internet levar professores a vilarejos onde não há nem escolas. “Em vilas que não teriam condições de ter uma sala de aula ou um professor, você pode enviar um único tablet e algumas instruções e aí você não precisa de uma sala de aula”, disse Johnson. 

O Project K-Nect faz parte da Wireless Reach Initiative, um programa da Qualcomm que procura levar internet sem fio a comunidades ao redor do mundo que não têm acesso a esse tipo de tecnologia. Com a ajuda de parceiros, o programa tenta melhorar a qualidade de projetos educacionais, da assistência médica e da sustentabilidade local. 

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